De acordo com o presidente da Sociedade Médica de Sergipe (Somese) e presidente da Federação das Entidades Médicas, Petrônio Gomes, a situação é preocupante. "São 42 obstetras sem reajuste salarial, a situação do hospital e maternidade não é boa porque faltam recursos e nesta reunião, ficou definido que eu, o Dr. José Menezes, representante do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed) e a Drª Glória Tereza Lopes, da Sociedade Sergipana de Pediatra, vamos entrar em contato com os secretários de Estado e municipal da Saúde, Antônio Carlos Guimarães e Silvio Santos, para marcar uma nova reunião com a diretoria da Maternidade Santa Isabel", ressalta.
Dr. Petrônio Gomes destacou que está acontecendo uma recontratualização e os obstetras não estão ganhando a mais para trabalhar aos finais de semana e aos feriados. "Os médicos estão sobrecarregados e pedindo para ir embora. Ou se regulariza a situação ou a Maternidade Santa Isabel vai fechar as portas", lamenta.
"Os salários estão congelados há 15 anos de acordo com tabela do Ministério da Saúde e os médicos já não suportam dar um sangue em uma maternidade de portas abertas, que recebe pacientes não somente de Aracaju, mas da Grande Aracaju, pois o Hospital de Nossa Senhora do Socorro ainda não funciona, sem contar com pacientes que chegam de Nossa Senhora da Glória, de Propriá", complementa a presidente da Sociedade Sergipana de Pediatria, Glória Tereza Lopes.
PREOCUPAÇÃO
O presidente do Sindicato dos Médicos, José Menezes, enfatizou que "a direção do Hospital e Maternidade Santa Isabel está preocupada, está no limite dos recursos e sem condições de reajustar os salários dos obstetras. Antes as negociações vinham sendo feitas entre a direção da unidade e os secretários de saúde, mas agora as entidades médicas entraram na tentativa de encontrar uma solução".
José Menezes disse ainda que sete obstetras já cumpriram o aviso prévio e os demais estão dispostos a pedir demissão. "Assim como os obstetras da Fundação Hospitalar de Saúde, os daqui também querem receber dobrado nos plantões de final de semana, o que é justo".
Sem esconder a preocupação, o diretor-presidente do Hospital e Maternidade Santa Isabel, Dr. Carlos Pinheiro afirmou esperar encontrar uma solução o mais rápido possível. "Aqui não pára de chegar ambulâncias de vários municípios sem contar com as pacientes de Aracaju e atualmente o que nós recebemos de repasse de recursos não dá para reajustar os salários dos obstetras", enfatiza.
"Nós vamos aguardar uma nova reunião com os representantes das entidades médicas e das secretarias de Estado e municipal de Saúde na tentativa de resolver o problema que é realmente preocupante", acrescenta o representante do Setor de Obstetrícia, José Maria Ribeiro.
Aldaci de Souza Portal Infonet