Classe médica de Sergipe vai promover ampla programação no dia 3 de julho próximo, atendendo convocação das entidades nacionais. Algumas atividades já estão definidas: às 8 horas, no auditório do Cremese, os presidentes das entidades médicas locais (Somese, Cremese, Sindimed e Academia) concederão entrevista coletiva à imprensa, explicando os principais pontos de reinvidicação da categoria (Veja abaixo).
Em seguida, os médicos sairão em passeata pelas ruas de Aracaju, em trajeto a ser confirmado, com paradas em frente a estabelecimentos ligados à saúde para manifestações.
Durante todo os dia serão suspensos os atendimentos eletivos em todas as unidades do SUS do estado, excetuando-se os serviços de urgência e emergência. No dia anterior, as emissoras de televisão veicularão nota oficial das entidades com o manifesto dos médicos, no horário dos programas noticiosos.
Outras atividades poderão ser ser realizadas durante todo o dia.
Os principais pontos de luta da classe médica brasileira são os seguintes:
1) Aprovação urgente da PEC 454 em tramitação na Câmara dos Deputados, que prevê uma carreira de Estado para o médico (semelhante ao que ocorre no Judiciário), único caminho para estimular a interiorização da assistência com a ida e fixação de médicos em áreas de difícil provimento;
2) Lutar pela defesa da Lei do Ato Médico, como instrumento de defesa da sociedade;
3) Promover a coleta de 1,5 milhão de assinaturas para tornar viável a apresentação do Projeto de Lei de Iniciativa Popular Saúde + 10, que prevê mínimo de 10% da receita bruta da União em investimentos na saúde;
4) Defender a derrubada do Decreto Presidencial 7562, de 15 de dezembro de 2011, que modificou a Comissão Nacional de Residência Médica, tornando-a não representativa e refém dos interesses do Governo, o que sucateou a formação de médicos especialistas no país;
5) Lutar contra a importação de médicos estrangeiros sem revalidação de seus diplomas com critérios claros e rigorosos, conforme a prática mundial e o previsto na legislação vigente. Defender o uso do Programa Revalida, do Governo Federal, em seus moldes atuais;
6) Vistoriar as principais unidades de saúde do país, encaminhando denúncias ao Ministério Público e outros órgãos de fiscalização, revelando a precariedade da infraestrutura de atendimento que afeta pacientes e profissionais.
7) Propalar por todos os meios de comunicação possível que as entidades declararam o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, como persona non grata para a sociedade, por adotar medidas eleitoreiras que colocam em risco a vida e a saúde dos brasileiros, além de estar sendo processado pela AMB no STF por improbidade administrativa.