Finalmente o Senado Federal aprovou, por votação simbólica, no final da noite desta terça-feira, 18 de junho, o PL que regulamenta a Medicina no país. Foram doze anos de tramitação e de luta permanente das entidades médicas nacionais, capitaneadas pelo Conselho Federal de Medicina. Pelo menos quatro profissões da área da saúde ainda lutavam pela não aprovação do projeto.
A votação, que estava anteriormente marcada para esta quarta, 19, foi antecipada por uma estratégia das entidades com os parlamentares, que conseguiram obter do presidente Renan Calheiros a promessa de votação na terça, sob o temor da falta de quórum na quarta, por causa do jogo do Brasil pela Copa das Confederações. A decisão de antecipar porém não foi anunciada, nem propagada aos quatro ventos, com o temor que pudesse haver pressões de outras profissões, sabendo da antecipação.
Para a aprovação do PL foi fundamental a participação de pelo menos quatro senadores: Antonio Carlos Valadares (SE), Lúcia Vania (GO) e Cassio Cunha Lima (PB), além da boa vontade do presidente do Senado Renam Calheiros, que manteve a promessa de manter a ordem do dia pré-estabelecida.
Agora a Lei do Ato Médico segue para sanção presidencial. Um registro é imprescindível: o reconhecimento dos médicos brasileiros à luta de suas entidades nacionais, através de suas diretorias anteriores e atuais que, em nenhum momento, se abateram frente aos grandes obstáculos que se apresentaram ao longo da jornada.