Conversando fotografia foi o tema da reunião-almoço desta quinta-feira, 21, da Sociedade Médica de Sergipe (Somese), que teve como convidado o fotógrafo Lineu Lins de Carvalho. Numa conversa bastante descontraída, o fotógrafo trouxe para mostrar aos presentes, algumas fotos suas, feitas ao longo dos seus mais de 50 anos de atuação na área.
Com um acervo de cerca de 27 mil filmes – sendo 17 mil em preto e branco e os demais coloridos -, Lineu Lins foi o primeiro fotógrafo no Estado a fazer uso da máquina digital. “Sempre gostei de fotografar, de capturar imagens, de cenas dos dia a dia da nossa cidade, artesanato e retratar crianças”, declarou ele, cujo arquivo hoje está sob os cuidados da Universidade Tiradentes (Unit).
Bastante organizado em seu trabalho, Lineu Lins se preocupou em guardar cuidadosamente todo seu acervo. “Tenho todas as minhas fotos guardadas e hoje elas estão sendo digitalizadas pela Unit, que esta montando um banco de dados”, informou ele. “A Unit montou uma equipe com quatro estagiários e um coordenador que está fazendo esse trabalho e eu fico acompanhando tudo”.
Além de fotografias de cenas do cotidiano de Aracaju, o fotógrafo trouxe para mostrar aos presentes no almoço, fotografias de médicos que também compõem o seu acervo. Um deles foi o ex-prefeito de Aracaju, o médico Roosevelt Dantas Cardoso de Menezes. “Além de médico, foi deputado estadual e o responsável pela implantação do primeiro Banco de Sangue de Sergipe”, informou Lineu Lins.
Acompanhando o convidado estava o historiador Murilo Melins, que aproveitou para fazer um apelo ao vereador Emerson Ferreira, presente ao almoço. “Dr. Roosevelt foi prefeito desta cidade e não há sequer uma rua com o nome dele. A Minha sugestão é que a avenida Gonçalo Prado Rollemberg, cujo trecho entre a rua Propriá até a Riachuelo foi construído por ele, receba o seu nome”, sugeriu o historiador, dizendo que a referida via é cortada por outra avenida e também praça, começa no Centro e vai até o São José.
Lineu Lins informou ainda que todo o seu acervo está à disposição de quem precisar, para realizar qualquer tipo de pesquisa ou trabalho. “Quem necessitar de fotos para qualquer trabalho, pode ir à Unit do Centro. Agora, se for para uso comercial, tem que me pagar os direitos autorais”. De acordo com o fotógrafo, com a digitalização, falta agora implantar um sistema de busca para ter acesso ao banco de dados. “Além das minhas fotos, estamos vendo fotos antigas de outras pessoas, que estão sendo restauradas e digitalizadas”.