Um deputado que tem programa na rádio Ilha FM, acusou nesta quarta-feira (30/11) nominalmente, vários médicos que trabalham no Hospital João Alves, de práticas antiéticas e condutas amorais. De alguns ortopedistas, disse que faltam ao plantão, dividem horário, não fornecem escala para mural, nominalmente citados por desvio de conduta; de oncologistas, disse que não avaliam pacientes no PS e desviam pacientes para clínicas particulares. Já os clínicos apresentam-se aos plantões com atrasos constantes e um deles com 37 atestados médicos apresentados. Médicos de Serviços de Ultrasom e ecocardiografia que não cumprem horário; neurocirurgiões que se negam a avaliar pacientes graves no PS, só fazem na tomografia. Ortése e Protése, cita donos de empresa que fornece materiais sem a devida avaliação. Depois disso tudo, vem a pergunta? Qual o papel dos gestores do Hospital, que não cumprem com os seus deveres? A quem interessa essa exposição pública da classe médica e quem é que passa essas informações ao radialista? Quem está por trás de jogo mesquinho e covarde? Porquê as instancias institucionais não foram acionadas ( gestores do hospital, associação, direção clínica, Comissão de Ética, CRM e demais entidades ) ? Em função disso, todas as entidades médicas de Sergipe,de posse das informações divulgadas, reunidas na Somese nesta quinta, decidiu veicular a nota de esclarecimento que foi enviada à midia logo após a reunião. Leia a Nota:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Tendo em vista grave denúncia contra médicos do Hospital de Urgência Governador João Alves Filho, feita na mídia em 30 de novembro de 2011, a Sociedade Médica de Sergipe, o Sindicato dos Médicos de Sergipe, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Sergipe e a Academia Sergipana de Medicina, representadas pela Federação das Entidades Médicas do Estado de Sergipe, vem a público exigir do Governo do Estado a apuração rigorosa de todas as irregularidades apontadas e, ao mesmo tempo, estranhar que o assunto, que envolve uma série de descontroles de ordem administrativa, não tenha sido apurado e resolvido pelos gestores daquela unidade, o que denota claramente o total descontrole e a incapacidade de comando, liderança e autoridade dos mesmos. A Federação das Entidades Médicas do Estado de Sergipe não compactua em nenhuma hipótese com práticas irregulares de médicos que, se comprovadas, devem ser imediatamente corrigidas e seus autores exemplarmente punidos.
Aracaju, 1º de dezembro de 2011
Petrônio Andrade Gomes Presidente da FEMESE