A Sociedade Médica de Sergipe (Somese) recebeu, em almoço, nesta quinta-feira, 10, o deputado federal Mendonça Prado (DEM). Relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 454, que cria a carreira de Estado do médico, o parlamentar falou sobre o andamento do projeto, aprovado recentemente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal.
Em sua explanação, Mendonça Prado disse que será criada uma Comissão Especial para formatar o texto da PEC que deverá ser apreciada em plenário. De acordo com ele, é provável que este grupo só seja formado no início do próximo ano. “Como já estamos no final do ano e o Congresso começa a discutir agora o orçamento, é mais interessante que esta comissao só seja formada no início de 2012”, disse o deputado, em resposta a um questionamento do presidente da Somese, Petrônio Gomes.
Sobre o projeto, Mendonça Prado defendeu que a carreira de Estado do médico seja criada nos mesmos moldes das carreiras jurídicas, já existentes. “Com os mesmos direitos, com os mesmos deveres. Com um piso salarial que atraia os profissionais a trabalharem em lugares longícuos”, afirmou.
Neste sentido, o parlamentar disse que irá pleitear a criação de um fundo específico para pagamento dos salários dos médicos. “A ideia ainda é embrionária”, frisou. Além disso, Mendonça ressaltou quea categoria precisa estar unida e atenta ao andamento da PEC. “Só vai ser aprovado se houver mobilização dos médicos. É preciso uma participação mais efetiva. Chegou a grande oportunidade dos médicos conquistarem este espaço. É preciso que os médicos ganhem bem”, afirmou.
Após a explanação do deputado, o secretário-geral da Somese, Lúcio Prado Dias, disse que já existe hoje uma “grande expectativa pela aprovação do projeto”. Ele salientou também que os profissionais devem estar atentos ao trabalho da comissão que vai discutir o projeto para conseguir dar celeridade à efetivação do plano de carreira de Estado do médico.
O vereador Emerson Ferreira (PT) afirmou que a criação da carreira é a única forma de resolver alguns dos problemas do Sistema Único de Saúde, como por exemplo, o desinteresse dos médicos por trabalhos em locais distantes. “Caso não se crie a carreira federal, com salários que atraiam, dificilmente, haverá solução para isto”, disse.