“Não tem como separar Saúde de Meio Ambiente”. Foi a partir desta premissa que o promotor Sandro Luiz da Costa debateu nesta quinta-feira, 27, o Plano Diretor de Aracaju durante o almoço realizado pela Sociedade Médica de Sergipe (Somese).
Em sua apresentação, Sandro tratou dos principais artigos que constituem o projeto de planejamento da capital que está sendo debatido pela Câmara de Vereadores e que deve ser votado e aprovado até dezembro. Para o promotor, que é especializado em Meio Ambiente, há uma série de problemas no Plano Diretor de Aracaju, o que mostra a necessidade de uma maior discussão com a sociedade.
“O Plano Diretor precisa ser respeitado, para que haja realmente melhoria da qualidade de vida das pessoas e do bem-estar social. E isso está relacionado à saúde. Não tem como gerir uma cidade na base do apagar de incêndio.Tem que tratar o problema preventivamente. Planejamento, neste sentido, é fundamental”, afirmou.
De acordo com Sandro da Costa, o atual Plano Diretor da capital “só existe no papel” e se baseia na estrutura da cidade de dez anos atrás. Além disso, o promotor criticou as audiências públicas que estão sendo realizadas pela Câmara. “Não são audiências. São palestras, porque aquilo que é proposto pela sociedade não está sendo inserido no Plano”, frisa. Para Sandro da Costa, “o ideal é não votar o Plano Diretor agora”.
A palestra suscitou grande debate entre os médicos. Além de também fazer críticas ao planejamento atual da capital, eles questionaram o promotor sobre o Plano Diretor.