Notícias

Set 2011

Instituto desenvolve curativo com óleo de açaí

Compartilhar:

20190815130830_5d55837e19879.jpg
20190815130830_5d55837e28fb4.jpg
Pesquisadores do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), associado à Universidade de São Paulo, criaram um curativo que une as propriedades regenerativas do óleo de açaí com os hidrogéis de polivinilpirrolidona (PVP), específicos para lesões de pele. Ainda em fase de testes, a ideia é usá-lo para queimaduras e outras condições anormais, como dermatites, escamações e ressecamento.   Segundo Ana Carolina Machado, responsável pelo desenvolvimento do dispositivo, o óleo de açaí é rico em ácidos graxos essenciais (Ômega 3,6 e 9) e em antioxidantes, fundamentais para a regeneração do tecido epitelial. Já os hidrogéis são curativos que apresentam bons resultados em casos como queimaduras, uma vez que são ricos em água. Eles hidratam em vez de grudarem no ferimento.

MISTURA O mais difícil para a pesquisadora foi criar um produto que resultasse da mistura da água e do óleo - que, todos sabem, não se misturam. "Pelo PVP ser formado por 90% de água em forma gelatinosa, tivemos dificuldade em misturar a solução de óleo de açaí no dispositivo", diz. Ana Carolina usou radiação para unir as moléculas e, com isso, formou uma rede que conecta a água ao óleo.   Depois de testes com animais, em que o curativo liberou óleo sobre uma irritação cutânea durante 24 horas, Ana garante que o produto tem potencial de mercado e custo reduzido. A pesquisa deve passar por testes in vitro e in vivo para sua implementação em humanos.

 

Siga-nos no Instagram