Promotores do Ministério Público Estadual, liderados por Alessandra Pedral e Euza Missano e representantes das entidades médicas, entre eles o Dr. Petrônio Gomes, presidente da Somese, fizeram visita de inspeção às dependencias do Hospital de Urgência Gov.João Alves Filho, na noite desta quinta-feira (30/06),em especial nos setores de neurocirurgia e ortopedia. A visita à unidade serviu para verificar se houve a normalização da escala médica depois que o Ministério Público do Estado ajuizou uma ação contra a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), pedindo a interferência do Poder Judiciário para a resolução do problema. No dia 21 de junho a Justiça concedeu liminar ao MP dando 30 dias para que as escalas fossem fechadas.
Para o médico Erick de Souza Barbosa, "foi uma grata surpresa receber a visita das promotoras e representantes do CRM, FHS, Direção do HUSE e o presidente da SOMESE Dr. Petrônio Gomes. Sentimos que as referidas instituições estão preocupadas e engajadas para a resolução do problema. Entendemos que não se admite mais uma situação como a que se verificou na semana passada dia 23, em plena época de festejos juninos, em que o colega que se encontrava de plantão sozinho passou a noite operando dois pacientes graves em sequência. Colega este que já trabalha há mais de 20 anos no Hospital e não merecia de forma alguma ser exposto a uma situação destas", desabafou o plantonista.
Já Petrônio Gomes, presidente da Somese, mostrou-se preocupado com a precariedade da escala de plantão das duas áreas e não deslumbra uma solução para o problema em curto espaço."Nesta semana vou manter contato com o pessoal da ortopedia e na segunda teremos mais uma rodada de conversas no MP, para tentar equacionar a questão da neurocirurgia.
A promotora Alessandra Pedral comentou que o problema é grave e precisa ser resolvido com urgência. Segundo ela nesta quinta-feira havia apenas um neurocirurgião trabalhando no hospital. “A escala está com vários furos e os pacientes ficam aguardando o atendimento. Vamos coletar mais informações sobre o problema, munir o Poder Judiciário dessas informações, e buscar uma solução, porque a situação é grave”, explicou a promotora.