A promotora de Justiça dos Direitos à Saúde do Ministério Público do estado de Sergipe (MPE), Euza Missano, está movendo uma ação na Justiça contra o Samu Estadual e a Fundação Hospitalar de Sergipe. A ação é motivada por denúncias feitas pelo Sindicato dos Servidores do Samu Estadual, que apontam problemas existentes na distribuição das 36 bases do estado, que, segundo eles, não atendem a demanda nas ocorrências. O sindicato denunciou ainda a precária situação das ambulâncias, que colocam em risco à vida não apenas de pacientes, mas também de servidores que utilizam o serviço. Na ação, o MPE exige uma solução para a situação das escalas em 30 e das ambulâncias em dois meses.
Segundo Euza Missano, várias audiências foram realizadas com representantes do Sindicato do SAMU Estadual e da Secretaria de Estado da Saúde, mas não houve avanço. São cerca de 14 ambulâncias quebradas há três meses, provocando um péssimo atendimento à população, principalmente em períodos de festa e aos finais de semana. "Em relação à situação das bases instaladas no interior, vamos passar as informações para os colegas do interior, para que possam acompanhar também esta situação, pois falta equipe para atender a demanda como médicos, técnicos, e condutores", explica.
Diante dos problemas apresentados, o MPE está solicitando a contratação imediata de profissionais para atender a demanda, até a realização de um concurso público. Uma alternativa seria aproveitar os profissionais que participaram do último concurso. "Estamos solicitando que os veículos com a idade acima de três anos de uso ou que já rodaram mais de 50 mil quilômetros, sejam substituídos. Com esta ação, esperamos que a Justiça, mais uma vez, analise a situação, para que possamos resolver este problema", aguarda Euza Missano.
Por Eron Ribeiro