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Jun 2011

Postos de saúde sucateados e sem médicos em São Cristóvão

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Por Alessandra Cavalcanti

Cumprindo o calendário de visita aos municípios sergipanos, na quarta-feira, dia 18, a Caravana da Saúde desembarcou na cidade histórica de São Cristóvão. O projeto foi idealizado pela Sociedade Médica de Sergipe - Somese - com o objetivo de mapear a saúde do Estado e, assim, traçar um perfil epidemiológico de todas as cidades. São Cristóvão é a terceira visitada pela equipe, que também conta com a participação do Sindicato dos Médicos de Sergipe - Sindimed -, Conselho Regional de Enfermagem - Coren - e Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe - Seese.

De acordo com o médico Petrônio Gomes, presidente da Somese, dos três municípios visitados pela Caravana - Estância e Umbaúba foram os primeiros - em São Cristóvão está localizado o maior índice de precariedade, quando o assunto é saúde pública. Postos de saúde em estado lastimável de conservação e falta de médicos constam na lista de problemas elencados pelos profissionais da saúde. "Não vemos perspectiva de melhorias para este ano", lamenta o presidente da Somese.

Petrônio Gomes também informa que ao longo da conversa que a equipe teve com o prefeito Alex Rocha tomou conhecimento de que mais de 90% do orçamento da saúde municipal são utilizados no custeio da máquina, restando pouquíssimo valor para outros investimentos. "O prefeito mostrou-se consciente com a realidade e preocupado com o grave problema da saúde no município", destaca o médico.

REFORMA ARRASTADA

Outro grave problema enfrentado pelos moradores da cidade histórica está centrado no hospital do município, cuja reforma vem se arrastando desde 2009. Os reparos vêm sendo feitos pelo Estado, que se comprometeu em entregar o hospital pronto à população em outubro deste ano.

"A área física do hospital é excelente, mas o grande problema está na manutenção de mais de R$ 400 mil mensais, que terá que ser feita após a entrega da obra. O município não tem esse dinheiro", explica Petrônio Gomes. "Achamos que o hospital deveria servir para desafogar cirurgias eletivas de pequeno e médio porte demandadas de Aracaju, que o mesmo seja mantido em parte pelo Estado e que seja realizado concurso público de Saúde na cidade", acrescenta o presidente da Somese.

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