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Mai 2011

Acordo beneficia países pobres em caso de pandemias de gripe

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Pela primeira vez, os países membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegaram a um acordo sobre o compartilhamento de vírus e benefícios (medicamentos, kits diagnóstico e vacinas, entre outros insumos) decorrentes de uma pandemia de influenza - como a que ocorreu em 2009, causada pelo vírus A (H1N1).

O principal ganho para estes países será a possibilidade de ter acesso mais rápido aos produtos para a proteção de suas populações, como vacinas, que em geral são insumos de altíssimo custo.

Agora, em situações de pandemia, todas as amostras de secreção respiratória coletadas de pacientes com sintomas de gripe serão rastreadas pela rede internacional de laboratórios de referência para influenza. Isso dará mais velocidade ao processo de isolamento viral e produção de vacinas.

DOAÇÃO DE VACINAS

A aprovação ocorreu na Assembleia Mundial de Saúde, que aconteceu em Genebra, na Suíça. A diretora geral da OMS, Margaret Chan, agradeceu publicamente ao Brasil, pela contribuição no processo de discussão e aprovação do acordo, que levou quatro anos.

Na Assembleia Mundial da Saúde de 2009, durante a pandemia, o Brasil liderou grupo de países que defendiam que as inovações tecnológicas relativas à nova gripe deveriam ser públicas.

Pelo acordo, a indústria fica obrigada a acelerar o processo de transferência de tecnologia de produção de vacinas para os países que têm capacidade de fabricar imunizantes. E também deverá doar 10% da produção para o fundo estratégico da OMS, usado para abastecer países com menos condições financeiras de adquirir vacinas.

CENTRO COLABORADOR

Durante a assembleia, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, comunicou a intenção do Brasil de ser o primeiro país da América Latina a integrar a rede de centros colaboradores da OMS para influenza.

Atualmente, existem 11 centros em nove países: Estados Unidos, Hong Kong, Reino Unido, Japão, Rússia, Índia, França, Austrália e China. A preparação do país começará ainda este ano e a previsão é de que o Brasil passe a integrar a rede até o fim de 2012.

É importante reforçar que o acordo aprovado na OMS aplica-se apenas em situações de pandemia, não tendo validade para os vírus sazonais. Dezenas de instituições públicas de diversos países fazem parte da rede global de vigilância da influenza. Este grupo de laboratórios coleta amostras de secreção respiratória de pacientes e envia à OMS informações sobre os tipos de vírus da gripe encontrados.

No Brasil, são três os laboratórios de referência: Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro; Instituto Adolf Lutz, em São Paulo; e Instituto Evandro Chagas, no Pará. Uma dessas três instituições deverá ser o centro colaborador do Brasil junto à OMS.

 Com informações do Ministério da Saúde 

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