Durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados em Brasília, realizada nesta terça-feira, 10, o presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS -, Mauricio Ceschin, reconheceu a defasagem no valor pago pelos planos de saúde aos médicos.
"Há uma defasagem que precisa ser resgatada em relação ao pagamento de honorários aos médicos. Os honorários médicos não têm sido reajustados da mesma forma como foram os insumos", diz Maurício Ceschin.
Para tentar solucionar o impasse entre os planos de saúde e a classe médica em torno do reajuste dos valores dos honorários e dos procedimentos, a ANS deverá publicar nos próximos dias, a instrução normativa estabelecendo os prazos máximos para o atendimento dos usuários de planos de saúde. Esta instrução normativa fará com que os planos de saúde se reestruturem, contratem novos médicos e negociem os valores pagos aos seus prestadores de serviço.
Na audiência foi exposto que os médicos reclamam sobre os aumentos dos planos de saúde e que não são repassados aos prestadores de serviço. Já as empresas garantem que têm elevado os pagamentos acima da inflação.
Mas o presidente da ANS ressalta que o reajuste proposto tem que ser discutido com cautela para que os custos não sejam repassados aos consumidores. "Não faz sentido que o consumidor que paga um plano de saúde não seja atendido ou espere um, dois ou até três meses para fazer uma consulta ou procedimento", acrescenta Maurício Ceschin.
*Com informações da Agência Brasil