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Mai 2010

PARA PRESIDENTE DA SOMESE, DEFICIÊNCIA DA SAÚDE PÚBLICA DE SERGIPE NÃO SE RESOLVE ESTE ANO

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Representantes da classe médica foram ao Ministério Público Estadual (MPE) nesta sexta-feira (07/05) para reclamar da superlotação nos leitos das maternidades de Aracaju. Por conta disso, eles disseram que está ocorrendo falta de atendimento e os médicos estão sendo pressionados e até mesmo agredidos pela população. O MPE marcou uma nova audiência para o dia 12 de maio para que o Governo do Estado e a Prefeitura de Aracaju apresentem dados sobre o número de leitos no Estado e para que seja feito um redimensionamento da rede. O presidente do Sindicato dos Médicos (Sindimed), José Menezes, disse que o número de leitos nas maternidades, principalmente de UTI materna, precisa aumentar para que o atendimento melhore. “Os pacientes estão agredindo os médicos pela falta de atendimento. Eles têm razão quando precisam do serviço, mas deveriam questionar isso aos gestores, pois a gestante que é atendida pelo SUS precisa passar pela humilhação de esperar uma vaga na maternidade”, afirmou. A promotora Euza Missano lembrou que o Ministério Público já ajuizou, em abril do ano passado, uma ação civil pública determinando a abertura de UTI materna na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. O Estado entrou com um recurso contra a decisão, ainda sem julgamento por parte da Justiça. O MPE lembrou a promotora, adotou todas as medidas necessárias para cumprimento da determinação judicial, com incidência de multa para o Estado e pessoal para a secretária da Saúde. O representante da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o médico Márcio Barreto, disse que todos devem cumprir seu papel corretamente para que o atendimento à população seja o melhor possível. “Todas as esferas têm um grau de responsabilidade. Mas temos muitas construções realizadas e muitos projetos a fazer nos próximos meses. O que está acontecendo hoje é um maior número de serviços disponibilizados para a população”, afirmou Márcio. O presidente da Sociedade Médica de Sergipe (Somese), Petrônio Gomes, questionou a falta de dados sobre a situação das maternidades de Sergipe que seriam, em sua opinião, necessários para um planejamento sobre o setor. “Quantos leitos nós temos hoje em Sergipe? E de quantos leitos nós precisamos? Qual a taxa de mortalidade em nossas maternidades?”, questionou Petrônio. Na audiência do próximo dia 12, o Estado e o município deverão apresentar os dados sobre o número de leitos em todas as maternidades e hospitais de Sergipe. As maternidades Nossa Senhora de Lourdes e Santa Isabel também vão informar o número de partos realizados nos últimos 12 meses, bem como o número de óbitos registrados durante esses partos. Texto: Fernando Pires Jornal da Cidade

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