Objetivando promover maior aproximação da classe médica com usuários de planos de saúde ligados às autogestões, a CEHM-Sergipe manteve reunião nesta segunda-feira (22/02) com o Sindicato dos Petroleiros – Sindipetro. A reunião aconteceu na sede do Sindicato dos Bancários e contou com a participação do presidente da Somese Petrônio Gomes e dos membros da comissão Emérson Costa, Raimundo Sotero, Paulo Amado e Dr.Spina. Na pauta, o estreitamento de relações para implantar uma sólida parceria entre a classe médica e as caixas de assistência médica (autogestões).
Os médicos começam a luta pela valorização da consulta médica. O exemplo já foi dado pela Petrobrás que reajustou desde 1º de janeiro, o valor da consulta para R$ 80,00. Segundo Pedro Messias dos Santos, da diretoria do Sindipetro, a medida da direção da Petrobrás, de caráter nacional, visou valorizar os profissionais médicos que atendem como credenciados e fo fruto de uma exigência do sindicato. “Os médicos estavam abandonando o credenciamento decepcionados com a baixa remuneração e nós estávamos encontrando dificuldade em agendar consultas em várias especialidades. Por isso, colocamos na nossa pauta de discussão a valorização da consulta médica e a empresa entendeu como justa e adotou o novo valor nacionalmente”, ressaltou o sindicalista.
É pretensão da CEHM também promover gestões junto aos médicos, visando enaltecer a medida da Petrobrás, favorecendo sobremodo a melhoria na relação médico-paciente.
AS ESTRATÉGIAS DA COMISSÃO DE HONORÁRIOS
Pretende agora a Comissão que todas as operadoras filiadas ao grupo Unidas (do qual faz parte a Petrobrás) adotem este mesmo valor de imediato. Isso corresponde à consulta da CBHPM com valorização de 50% ( banda a mais, de 50%). Da mesma forma, os médicos sergipanos vão defender a CBHPM como referencial para todos os procedimentos médicos, com bandas positivas de 20 a 50%.
Outro ponto que os médicos vão exigir refere-se à análise de contratos de credenciamento. Segundo Emerson Costa, presidente da Comissão Estadual de Honorários, não é possível mais manter a unilateralidade dos contratos. “Queremos contratos eu sejam acordados entre as partes, sem cláusulas leoninas. Para isso vamos utilizar resoluções da ANS que ficaram acordadas com as entidades médicas.
Para o presidente da CEHM a questão chegará no momento certo à Unimed, que é uma cooperativa de médicos, dirigida pelos mesmos, onde são os próprios médicos cooperados, donos da cooperativa, que fazem o atendimento, além de possuir serviços credenciados. A direção da Unimed deve encontrar caminhos que melhorem a remuneração, direta ou indiretamente, através de mecanismos compensatórios. Isso nós vamos discutir mais pra frente”, ressaltou Émerson.
“Vamos acompanhar ainda o desempenho dos planos de saúde, através de relatórios gerenciais da ANS, para alertar aos médicos sobre os riscos que correm em atender usuários de planos de saúde de operadoras irregulares. Recentemente, foi fechada aqui em Aracaju uma operadora de plano de saúde pela Justiça, com mais de 3 mil clientes. Quando os médicos vão receber pelos serviços prestados?”, questionou.
Ele agora está convocando todos os médicos para a assembléia que vai acontecer dia 2 de março, na SOMESE, para discussão e aprovação das estratégias que serão adotadas para alcançar os objetivos propostos. “Queremos o auditório lotada no dia 2. Nos dias que precedem a assembléia, todas as sociedades de especialidade vão se reunir para firmar posições unificadas e em bloco e até lá os médicos já estarão em franca mobilização”, finalizou.