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Fev 2010

CRISE NO “JOÃO ALVES” NÃO TEM FIM

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A crise instalada no Hospital de Urgência Gov. João Alves Filho, desde a  implementação das fundações de saúde, está longe de ser resolvida. Faltam anestesistas, cirurgiões plásticos, endocrinologistas, só para citar estes especialistas. As escalas estão sendo montadas de última hora, com grande nível de estresse para os médicos plantonistas, que muitas vezes são convocados por telefone para dar plantão. Enquanto isso, os diretores do Hospital oferecem remuneração diferenciada por especialidade, com valores acima do mercado, mas sem nenhuma proteção trabalhista, pagando a estes profissionais mediante RPA (Recibo de Pagamento a Autônomos).

Na semana passada, o Ministério Público deu um prazo de 10 dias para o Hospital apresentar as escalas de plantão e os problemas, por sua vez, só fazem aumentar. Nesta semana, os endocrinologistas distribuíram nota denunciando a situação dos cinco profissionais concursados que atuam no Hospital desde 2005 e, como não aderiram à Fundação Hospitalar, em função da redução salarial, estão sendo retaliados pela direção do Hospital.

Segundo Viviane Correia Campos, que representa o grupo, está ocorrendo no hospital uma tentativa de desagregar a classe médica, oferecendo valores diferenciados de remuneração a depender da especialidade.  “Depois que fomos ao Ministério Público, a situação piorou e agora estes profissionais estão sendo alijados do quadro do hospital por pura perseguição. Isso não está certo, não temos nenhuma intenção  de criar embaraços para os nossos pacientes, muito menos interesses políticos’, desabafou Viviane, no almoço da Somese.

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional Sergipe, comandada pelo médico Raimundo Sotero, aproveitou a reunião-almoço da Somese para  entregar pessoalmente ao vice-presidente do Conselho Regional de Medicina, Paulo Amado, ofício denunciando o problema e pedindo a apuração imediata do fato.

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