O Sindicato dos Médicos vai denunciar na segunda-feira a Diretoria do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e o governo do Estado por denunciação caluniosa. A denúncia será feita ao delegado da 8ª Delegacia Metropolitana de Aracaju, que está cuidando do caso que apura negligência médica. O advogado do sindicato, Rodrigo Machado, disse que está reunindo provas em defesa dos nove médicos acusados pela diretoria do Huse e gestores da SES de terem faltado ao plantão de Natal.
“É um caso de extrema injustiça”, disse o advogado. Ele explicou que nenhum dos médicos foi negligente. Rodrigo Machado informou que, dos nove, seis não apresentaram atestado médico, pois não haviam sido sequer convocados para o plantão. Desses, um estava no Rio de Janeiro casando, sem saber que o nome dele estava na escala. Outra médica estava em licença para tratamento de saúde devidamente comunicada ao hospital, mas mesmo assim teve o nome incluído na escala. Havia também médicos já exonerados escalados para o plantão e o nome de uma médica que trabalhou das 19h às 7h (entre os dias 24 e 25) e foi escalada para trabalhar às 14 horas do dia 25. “Ela não teria nem seis horas de descanso”, exclamou.
Para o advogados, essas situações demonstram ingerência na formação da escala. “Ontem, a direção do Huse estava mandando mensagens para o celular de médicos perguntando se podiam trabalhar na escala nesse Pré-Caju. Estamos às vésperas de um evento importante e o hospital ainda não tinha fechado a escala. Isso demonstra que a escala é deficitária”, comentou o advogado.
A representação criminal será apresentada na segunda-feira. A denúncia será feita contra a diretora do Huse, Lycia Diniz, o secretário de Saúde, Rogério Carvalho, e contra o governador Marcelo Déda. O caso será representado na 8ª delegacia, que apura o fato. No dia 26 de dezembro, a diretora clínica do Huse, na época respondendo também interinamente pela direção geral do hospital, Lycia Diniz, prestou a queixa na Delegacia Plantonista contra os nove médicos.
Fonte: Jornal da Cidade