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Mai 2009

MÉDICOS FAZEM PASSEATA NA PAULISTA

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 O Fórum Sudeste e Nacional em Defesa do Trabalho Médico no SUS foi encerrado com uma passeata que saiu da sede da AMB, em São Paulo, e dirigiu-se à Avenida Paulista, na manhã desta sexta-feira. Sergipe esteve representados pelos médicos Henrique Batista e Lucio Prado Dias. Cerca de 300 médicos caminharam pelas calçadas empunhando cartazes com os dizeres “Médicos lutam por melhorias no SUS”, “Pela carreira de Estado para o médico do serviço público”, “Regulamentação da EC 29 para mais recursos no SUS”, “CBHPM como referencial no SUS” e “Trabalho na saúde precarizado. Quem paga é a população”. A seguir, eles subiram a escadaria do Prédio da Gazeta e reivindicaram melhorias para o serviço público de saúde. José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB, Cléber de Oliveira Costa, vice-presidente Leste-Nordeste, Florentino Cardoso, diretor de Saúde Pública, Jane Lemos, diretora de Atendimento ao Associado, e Geraldo Ferreira Filho, diretor de Marketing, participaram do ato. Antes, jornalistas de vários veículos de comunicação nacionais participaram da coletiva de imprensa, realizada na sede da AMB. O objetivo era relatar a toda sociedade brasileira, por meio da mídia, as dificuldades enfrentadas pelos médicos que atendem no Sistema Único de Saúde (SUS). José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB, abriu o encontro explicando aos repórteres os motivos que dificultam à estruturação da assistência à saúde. “Essa informação tão propalada de que faltam médicos no Brasil é uma mentira, pois temos mais de 360 mil profissionais, dispostos a trabalhar. O que ocorre é que faltam médicos no sistema público, que não está aparelhado adequadamente”, disse. Além disso, ele elencou quatro fatores essenciais para a fixação dos médicos nas cidades: resolutividade, receptividade, possibilidade de desenvolvimento profissional e valorização adequada. Edson Oliveira, presidente do CFM, reafirmou o compromisso dos médicos de defender os pacientes. “Os médicos estão sendo expulsos do SUS e queremos dizer à sociedade que não aguentamos mais e quem são os responsáveis por essa situação de descaso, abandono, mentiras e imenso desrespeito àos enfermos”, disse. “O Ministério da Saúde tem responsabilidade nisso quando não aprova a Emenda Constitucional 29. O caos está montado e os médicos estão dando um basta”, disse José Erivalder Guimarães de Oliveira, vice-presidente da Fenam. “Os médicos estão desencantados com o serviço público e esta manifestação não é só um basta, é um pedido de socorro. Não podemos mais sair de cabeça baixa do SUS por causa da incompetência dos gestores”, falou Geraldo Guedes, coordenador da Comissão Nacional Pró-SUS. “Sou formada há mais de 40 anos e nunca vi uma calamidade como a que passamos hoje. Temos que mostrar à população que não somos nós os culpados”, disse Yvonne Capuano, presidente da Academia de Medicina de São Paulo. Eleuses Paiva, ex-presidente da AMB e atual deputado federal pelo DEM-SP, também participou da coletiva e destacou a falta de sensibilidade dos gestores. “Esta não é uma discussão corporativista. Estamos defendendo a saúde da população brasileira”.

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