A reunião-almoço da Sociedade Médica de Sergipe recebeu a visita, em 16 de abril último, do jornalista Jozailto Lima, do Cinform, que fez uma explanação sobre a relação da classe médica com a de jornalistas. O tema foi bastante oportuno e gerou importante debate. O presidente da Somese, Petrônio Gomes agradeceu a presença do jornalista, falou sobre o processo de recuperação administrativo-financeiro da entidade, levado a efeito desde a sua posse em outubro, da renegociação com o INSS, a retomada da revista agora aos cuidados do Dr. Lucio Prado, parabenizou o Dr. Emerson pela postura coerente na recente greve dos médicos. A presidente da Academia de Medicina, Déborah Pimentel comunicou a posse ocorrida nesta quarta-feira, 15/4, da Dra. Maria Helena Garcia na Academia de Medicina, mostrando toda a sua satisfação e alegria pela exuberância da solenidade. Dr. Lucio Prado leu a Instrução Normativa que instala a Comissão Estadual de Honorários Médicos, comunicou a realização do "Sábado Médico", com estréia prevista para o dia 23 de maio, a abertura de um espaço na Revista para Classificados Médicos e a volta da Festa do Médico em outubro, com a venda de mesas. Dr. Sérvulo Sampaio informou sobre o andamento no Congresso da Lei do Ato Médico; Dr. Emerson Ferreira enalteceu a instalação da Comissão de Honorários e fez uma reflexão sobre o valor da categoria médica enquanto corporação; Dr. William Soares fez comentários extraídos do Cinform sobre a interdição da radioterapia do Hospital de Cirurgia, solicitando providências das entidades médicas; Dr. Roberto Gurgel alertou sobre projeto do Senador Almeida Lima que cria o Conselho dos Terapeutas, propondo a formação de uma comissão para visitar o senador. Dr. Paulo Amado fez um relato das providências que o Cremese está adotando no caso do médium Kleber Aran, cobrando da Polícia Federal e do Ministério providências para a solução do problema. Dr. Antonio Samarone fez comentários sobre a posição política e social do médico e a sua pouca penetração na mídia nas questões corporativas. O Dr. Francisco Rollemberg manifestou a sua opinião que um dos fatores que gerou o aviltamento salarial do médico foi a questão dos dois vínculos. Segundo ele, quando se fraciona, fraciona-se mais o ainda a remuneração. "O médico deveria ter um só vínculo com remuneração condizente, como ocorre em outras categorias", disse. Na sua explanação, o jornalista Jozailto Lima ressaltou que a Medicina não está apenas a serviço da cidadania, mas a serviço da Vida e que percebe claramente que deve ser ajustado o foco entre imprensa e médicos. Fez críticas a respeito da comunicação científica, dizendo que ela tem quer ser decodificada para chegar numa linguagem mais comum a população. Quanto aos problemas que enfrentam os médicos,  reafirnou que "jornalistas e médicos são irmãos siameses no tocante ao estresse diário, por terem um piso salarial insuficiente, uma baixa qualidade de vida, porque tem que procurar dois ou três trabalhos complementares", ressaltou. Falou que os médicos devem se predispor a atender melhor aos comunicadores. Comentou que no caso do atendimento espiritual prestado pelo Doutor Fritz, através do médium Kleber Aran, questionou a posição do Conselho por não ter posicionado firmemente pelo fato do Kleber não ser médico, no entanto, deveria ter agido enquanto entidade médica preocupada com a população, segunda a sua opinião. “É preciso que as entidades médicas se posicionem nas mídias”, enfatizou Jozailto. Finalmente colocou o Cinform à disposição para o amplo debate com a sociedade. Dr. Petrônio propôs que o Cinform elabore uma editoria em Saúde com assessoramento da Somese e que vai falar com as demais entidades para promover um Fórum entre os jornalistas e médicos.