O VI Congresso Norte, Nordeste e Centro-Oeste de Anatomia Aplicada, o V Encontro de Ligas Acadêmicas e a I Jornada Sergipana de Ciências Morfológicas, promovido pela Sociedade Médica de Sergipe (Somese) foi recorde de público durante os dias 16, 17 e 18 de maio, na Universidade Tiradentes (Unit).
Após dez anos de criação desse encontro de anatomia, idealizados na primeira versão pelos professores Drs. José Aderval Aragão, Francisco Pardo Reis, Erasmo de Almeida Junior e Célio Rodrigues de Souza, o evento ofertou durante três dias palestras, minicursos, apresentação de trabalhos científicos, entrega de premiações e a realização do encontro das Ligas Acadêmicas das Áreas da Saúde do Brasil.
De acordo com o presidente do Congresso e da Somese, o professor Dr. José Aderval Aragão, o evento foi extremamente produtivo e reuniram em três dias uma troca de experiências entre os palestrantes e os estudantes. “Todos saíram do Congresso com conteúdo na bagagem e isso nos deixa com a sensação de dever cumprido”, destacou Dr. Aderval.
Para o vice-presidente do Congresso, o professor Dr. Erasmo de Almeida Júnior, é muito importante o Congresso estar sendo realizado no Nordeste porque sai do eixo do Sul. “É importante para os alunos também participarem de um evento científico, pois adquirem conhecimento”, informou Dr. Erasmo.
O professor Dr. Célio Fernando de Sousa Rodrigues, um dos membros da Comissão Científica, destacou que o Congresso é extremamente importante porque mostra que as disciplinas básicas são essenciais. “Percebemos que a Anatomia não é o galho seco da ciência e mostra a importância dela para as área da saúde”, enfatizou Dr. Célio.
Palestra de Abertura
A palestra de abertura contou com a presença da professora Drª, Andrea Oxley Rocha, que discorreu sobre como os programas de doação de corpos podem modificar a qualidade de ensino dos alunos da área da saúde. A Drª Andrea é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Anatomia e cirurgiã geral do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Cirurgia Geral, atuando principalmente nos seguintes temas: anatomia, doação de corpos, ensino médico, dissecação e museu de anatomia.
Segundo ela, o importante é que a população fique sabendo sobre a doação de corpos e o aluno funciona como um veículo e tem que ter essa informação. Ele tem que saber que essa possibilidade existe e também pode falar com os familiares e outras pessoas porque o maior problema de não se ter corpos para estudo é que as pessoas não sabem que existe essa possibilidade”, pontuou a Dra. Andrea.
Foto: Leonardo Vilas Boas