O setembro Amarelo é o mês de prevenção ao suicídio e diante disso, o Almoço Somese desta quinta-feira, 19, promoveu uma palestra com a, Dra. Edméa Fontes de Oliva Costa, que abordou o tema: “Suicídio em estudantes de medicina”.
A Dra. Edméa é médica Psiquiatra com Residência Médica em Psiquiatria no HUPES/UFBA e Título de Especialista em Psiquiatria com área de concentração em Psicoterapia pela ABP/CFM, Psicanalista com formação psicanalítica realizada no Círculo Psicanalítico da Bahia, professora Associada de Psiquiatria do DME/UFS, Mestre em Ciências da Saúde /UFS, Doutora em Medicina e Saúde/UFBA, Fellow Foundation for Advancement of International Medical Educational and Research (FAIMER).
Para o presidente da Somese, Dr. José Aderval Aragão, deve-se debater sobre a prevenção ao suicídio não somente no mês de setembro, mas sim durante todo o ano. “Temos acompanhado o aumento do número de pessoas que sofrem com depressão em todas as áreas e, nós, profissionais da saúde precisamos saber como orientá-las da melhor forma”, pontuou Dr. Aderval.
Segundo a palestrante, debater sobre esse tema é muito significativo porque a Somese oferece para a sociedade uma importante contribuição. “Existem diversos casos de suicídio entre os profissionais da área da saúde, médicos e estudantes de medicina e trazer esse assunto nesse momento do setembro amarelo é de grande relevância para que a prevenção aconteça porque o suicídio é evitável”, enfatizou Dra. Edméa.
A médica especialista em cirurgia cardíaca, Dra. Rika Kakuda, achou a palestra fantástica porque abordou um tema geral e que existe um certo preconceito. “O médico é um pouco onipotente para falar sobre suas fragilidades e a gente vê que o suicídio, a ameaça, as doenças mentais em geral são meio camufladas, escondidas e a palestrante conseguiu desnudar de uma forma explícita, mostrando que é natural a pessoa ter seus problemas e fragilidades”, destacou Dra. Rika.
O que é a Depressão? (Fonte: Ministério da Saúde)
A depressão é um problema médico grave e altamente prevalente na população em geral. De acordo com estudo epidemiológico a prevalência de depressão ao longo da vida no Brasil está em torno de 15,5%. Segundo a OMS, a prevalência de depressão na rede de atenção primária de saúde é 10,4%, isoladamente ou associada a um transtorno físico.
De acordo com a OMS, a depressão situa-se em 4º lugar entre as principais causas de ônus, respondendo por 4,4% dos ônus acarretados por todas as doenças durante a vida. Ocupa 1º lugar quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida (11,9%).
A época comum do aparecimento é o final da 3ª década da vida, mas pode começar em qualquer idade. Estudos mostram prevalência ao longo da vida em até 20% nas mulheres e 12% para os homens.
Matéria: Ascom Somese
Fotos: Leonardo Vilas Boas