Diante das declarações da Organização Mundial da Saúde (OMS) a respeito de pandemia do Covid-19, doença causada pelo novo Coronavírus (Sars-Cov-2), a Sociedade Médica de Sergipe (Somese), Instituição com representatividade no Estado decidiu debater sobre o tema na primeira edição da temporada do Almoço Somese, realizado nessa quinta-feira, 12, em sua sede.
Na oportunidade, recebeu como convidado o assessor médico da Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe (SES/SE), docente do Departamento de Medicina da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Médico infectologista com Mestrado em Saúde e Ambiente e Doutorado em Ciências da Saúde, Dr. Marco Aurélio de Oliveira Góes que abordou o tema: “Novo Coronavírus: Análise do panorama mundial e repercussões locais”.
O termo pandemia se refere ao momento em que uma doença está espalhada por diversos continentes com transmissão sustentada (significa dizer que o vírus circula livremente, sendo transmitido de pessoa para pessoa).
Nas últimas semanas, a OMS informou que o número de casos fora da China aumentou 13 vezes e o número de países afetados triplicou e já são mais de 118 mil casos ao redor do mundo e mais de quatro mil mortes.
Para o presidente da Somese, Dr. José Aderval Aragão, discutir sobre esse tema nesse momento, é de grande relevância. “Esse novo vírus está deixando a população assustada e em alerta e resolvemos debater sobre o assunto para esclarecer, ainda mais, para a sociedade”, informou Dr. Aderval.
Segundo o infectologista, Dr. Marco Aurélio, debater sobre o coronavírus com os médicos é muito importante. “Tínhamos um surto na China e uma epidemia em alguns estados da Europa e Estados Unidos e isso se transformou em pandemia. Esses casos têm se aproximado do Brasil e o nosso papel é que essa repercussão tenha o menor impacto na sociedade. Devemos criar rotinas em nosso dia a dia e incrementar ações de hábitos de higiene saudável como a lavagem das mãos com regularidade, evitar tossir sem cobrir a boca e utilizar o álcool gel. Em Sergipe, hospitais particulares e públicos se preparam e estruturam leitos isolados para pacientes que apresentarem os sintomas do coronavírus”, pontuou Dr. Marco Aurélio.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), Dr. João Augusto de Oliveira, falar sobre o coronavírus é necessário. “Infelizmente, destacar sobre essa nova doença que está acometendo o mundo e chegando ao Brasil não é legal, mas trazer como palestrante o Dr. Marco Aurélio que é um dos assessores da Vigilância Sanitária do Estado para conversar, debater e ouvir as sugestões dos médicos é enriquecedor para todos”, destacou Dr. João.
Sintomas
Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. No entanto, o coronavírus (SARS-CoV-2) ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença.
Os principais são sintomas conhecidos até o momento são: febre, tosse e dificuldade para respirar.
Prevenção
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
Evitar contato próximo com pessoas doentes;
Ficar em casa quando estiver doente;
Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo;
Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Fonte: Ministério da Saúde
Matéria: Maraisa Figueiredo
Fotos: Leonardo Vilas Boas